sexta-feira, 7 de março de 2014


Felipe Franco é Vice-campeão no arnold classic europe 2013 










Felipe Franco em uma forma incrível, foi merecidamente o Vice-campeão na categoria Men's Physique até 1,78 cm, no Arnold Classic Europe em Madrid, Espanha.





Video Completo da apresentação do Felipe:



quinta-feira, 6 de março de 2014


20 MARCAS DE WHEY PROTEIN PROIBIDAS PELA ANVISA


whey proteinA anvisa, a agência responsável pelo controlo e regulamentação do setor dos suplementos no brasil, proibiu a venda de 20 marcas de suplementosde proteína whey depois de terem analisado a composição de 25 marcas.
Esta iniciativa foi levada a cabo após terem recebido denúncias de irregularidades em relação à real quantidade de proteína e de carbohidratos presentes nos produtos em comparação com a descrição da rotulagem. A proibição entrou em vigor a partir de 28 de Fevereiro deste ano.
As análises laboratoriais confirmaram essas regularidades e por isso a Anvisa passou desde já a proibir a distribuição e venda de 20 lotes de várias marcas de suplementos.
Dos 20 produtos testados pela ANVISA, apenas um teve bons resultados, que foi o 100% Pure Whey da marca Probiótica.
Outros dois produtos, o  3 Whey Proto NO² e o 100% Whey Protein da Neo Nutri, tiveram as quantidades de carbohidratos e de proteína de acordo com as indicadas no rótulo.
Thalita Antony, gerente substituta de inspeção e controle de alimentos da agência, afirmou:
É uma marca impressionante. Algo que deixa claro a necessidade de manter a médio e longo prazo um monitoramento nesse setor
Trata-se de fraude. Em caso de atletas, que precisam adquirir ou perder peso, essa diferença entre a composição real e o rótulo pode afetar de forma significativa o desempenho.
Note-se que os consumidores brasileiros de suplementos de proteína whey há muito tempo se queixavam da falta de qualidade da proteína “nacional”, preferindo pagar mais por proteína whey importada de outros países, como os EUA.
Os suplementos de whey protein cuja distribuição e comercialização foi proibida foram:
  • Super Nitro Whey NO2 – American Line Suplements
  • 3W – Fast Nutrition
  • Whey Protein Optimazer – Cyberform
  • Ultra Pure Whey+ Isolate Whey – Nutrilatina Age Superior
  • 100% Whey Xtreme – Pharma
  • Super Whey 100% Pure – IntegralMedica
  • Super Whey 3W – IntegralMedica
  • Extreme Whey Protein sabor morango – Solaris
  • Extreme Whey Protein sabor baunilha – Solaris
  • Whey NO2 Pro Baunilha – Pro Corps
  • Whey NO2 Pro – Pro Corps
  • Whey 5W Pro – Pro Corps
  • 100% Ultra Whey – Ultratech Supplements
  • Muscle Whey Proto NO2 – Neo Nutri
  • Whey Protein 3W – DNA Design Nutrição Avançada
  • Isolate Whey – Neo Nutri
  • Bio Whey Protein – Performance
  • Peter Food – Whey NO2 + Creatine
  • Fisio Whey Concentrado NO2
  • Designer Whey Protein
A Agência Nacional de Vigilância Nacional (ANVISA) tem estado bastante ativa e no mês passado proibiu também a comercialização de 4 outros suplementos alimentos.
Três desses produtos que foram proibidos são suplementos de proteína: Isofast-MHP (whey protein) e Probolic-SR-MHP (mistura de proteínas de absorção rápida e lenta) da marca Maximum Human Perfomance (MHP), e um suplemento de proteína produzido a partir da carne, o Carnivor , da empresa MuscleMeds. O quarto suplemento é um termogênico, o Alert 8-Hour-MHP.
Poderá obter mais informações acerca deste tema no site oficial da ANVISA.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

3 ERROS QUE ESTÁ A COMETER NOS SEUS TREINOS

Neste artigo irei dedicar-me a explicar e dissecar aqueles que me parecem ser os 3 erros que a maioria das pessoas que praticam musculação cometem sem sequer se darem conta disso.3 erros treinos
As informações aqui presentes são especialmente válidas e relevantes para todos aqueles que pararam de obter progressos e/ou não obtiveram os resultados esperados num determinado período de tempo.

VOCÊ NÃO ESTÁ CONCENTRADO

Se você for como a maioria das pessoas, assim que passa pela porta do ginásio, entra em piloto automático e realiza os seus treinos de forma mais ou menos inconsciente. Na verdade, e passado algum tempo, irá habituar-se de tal forma à rotina dos seus treinos que irá passar a realizá-los sem pensar muito nisso.
É quase como se ouvisse uma música várias vezes, ao início poderá prestar-lhe atenção, mas depois de ouvir algumas vezes, irá deixar de lhe prestar atenção e até é capaz de se esquecer que está a ouvir a música em questão.
Especialmente se seguir sempre o mesmo programa e realizar sempre os mesmos exercícios, acabará inevitavelmente por realizar os seus treinos sem prestar especial atenção ao que está a fazer, e mais importante ainda, sem concentrar-se de forma minimamente decente no/s grupo/s musculares que está a trabalhar e a tentar desenvolver mais.
Pode perguntar a qualquer pessoa o que vai treinar nesse dia e esta irá responder por exemplo que vai treinar pernas.
Mas essa é uma resposta muito vaga. Que parte das pernas vai treinar? Em qual parte vai concentrar o trabalho ou tentar desenvolver mais? Nos quadríceps? Nos isquiotibiais? Nos glúteos? Nas panturrilhas?
Aliás, a maior parte das pessoas, especialmente as mais inexperientes, nem sequer sabe quais são os músculos que são trabalhados na maioria dos exercícios e limitam-se a realizá-los sem saberem muito bem para que servem.
Resumo: A maioria das pessoas não se concentra realmente no que está a fazer quando treina. Vá para a sala de musculação com um plano / objetivo concreto e esforce-se por cumpri-lo, mantendo sempre uma concentração máxima nos grupos musculares que vai trabalhar.

VOCÊ NÃO ESTÁ A TENTAR PROGREDIR

erros treinosEste erro está estreitamente relacionado com o erro anterior. A vasta maioria da população que frequenta os ginásios não faz um esforço sincero para concentrar-se nos grupos musculares que está a trabalhar e que está a tentar desenvolver.
Para além disso, as pessoas são criaturas de hábitos e limitam-se a repetir os mesmos exercícios e portanto também o mesmo número de séries e de repetições que fazem em cada treino.
Mas não tenha ilusões. Ganhar força e massa muscular é das coisas mais difíceis que se pode fazer, especialmente após os primeiros meses de treino iniciais, e irá exigir de si todo o esforço e  dedicação que conseguir aplicar aos seus treinos.
Isto implica dar o seu máximo em cada repetição, em cada série e em cada treino, esforçando-se sempre por realizar as séries com uma boa forma técnica, concentrando-se em sentir os músculos-alvo a trabalhar em cada repetição e em realizar progressivamente mais repetições por série e/ou utilizando mais peso em cada série.
Tem que dar o seu melhor para extrair e render o máximo em cada série. Dê tudo por tudo para conseguir realizar mais uma repetição, ou meia, ou até 1/4. Ou então tente realizar o mesmo número de repetições com um pouco mais de peso.
Pode ser um aumento de apenas mais 250 gramas ou 500 gramas. Todo o aumento, por pouco que seja, é válido, irá somar-se ao longo do tempo e irá conduzi-lo a maiores ganhos de força e de massa muscular. Mesmo assim, nunca sacrifique a boa forma em prol do peso.
É por esse motivo que também é importante ter um diário de treino no qual registar os seus dados dos treinos. Isto significa anotar o peso, número de repetições que realiza em cada série e o período de descanso entre séries. Desta forma irá saber qual é o seu recorde pessoal anterior que tem que bater para tentar progredir.
Chegado a este ponto, os treinos de musculação começam a parecer mais um trabalho do que um divertimento. Mas se realmente quer atingir os seus objetivos, então vai ter que se esforçar e levar os seus treinos muito a sério.
Resumo: Concentre-se nos grupos musculares que está a trabalhar. Realize os exercícios sempre da forma correta e esforce-se por aplicar o princípio da sobrecarga progressiva, realizando mais repetições ou utilizando mais peso em cada série.

VOCÊ NÃO ESTÁ A VARIAR OS SEUS TREINOS

Quando falo em variar o treino, não me refiro a mudar constantemente de exercícios. Na verdade é perfeitamente possível obter bons progressos ao longo do tempo realizando sempre os mesmos exercícios.
Mudar de exercícios com frequência não oferece nenhuma garantia de que irá obter progressos mais rápidos e até poderá ser uma prática indesejável no sentido em que irá complicar o seu esquema de treino, e também poderá desviá-lo do objetivo de ganhar mais força nos exercícios clássicos.
Aqui estão alguns aspetos do seu treino que pode e deve variar:

O TEMPO SOB TENSÃO

tempo sob tensão representa a velocidade com que realiza as várias partes que compõem cada repetição e vários estudos já demonstraram que se pode obter melhores progressos ao variá-lo de semana para semana (1).
Abaixo pode ver um exemplo de esquema de treino em que se varia o tempo sob tensão:
Semana Tempo sob tensão
 1ª semana 1 seg. fase concêntrica, 2 fase excêntrica
 2ª semana fase concêntrica explosiva, 1 seg. fase concêntrica
 3ª semana 2 seg. fase concêntrica, 4 seg. excêntrica
 4ª semana 2 seg. fase concêntrica, 3 seg. excêntrica
Nota: A fase concêntrica ocorre durante a fase de subida do movimento/exercício e a fase excêntrica durante a fase de descida do movimento/exercício.

O PESO E NÚMERO DE REPETIÇÕES A REALIZAR

Já foi provado que a adoção de um esquema de periodização ondulatória (não linear), no qual a quantidade de peso e portanto o número de repetições a realizar varia de dia de treino para dia de treino, é superior a um esquema de periodização linear, no qual o peso e as repetições a realizar variam apenas de semana para semana (2).
Aqui tem um bom exemplo de um esquema de periodização ondulatória:
Duração do ciclo Tipo de força Séries x RM Descanso
Segunda-feira Resistência 2 x 12-15 RM 1 min
Quarta-feira Hipertrofia 3 x 8-10 RM 2 min
Sexta-feira Força máxima 4 x 3-5 RM 3 min
Nota: RM significa repetições máximas, isto é, o número de repetições máximas que consegue realizar com boa forma, até chegar à falha muscular.

PERÍODOS DE DESCANSO AGENDADOS

Não é boa ideia levar o seu treino até ao limite todas as semanas. Está provado que a introdução de 1 ou 2 semanas de descanso após várias semanas de treino, pode promover melhores resultados em termos de ganhos de força e de massa muscular (3).
Uma boa ideia poderia ser tirar uma semana de descanso depois de 7 ou 8 semanas de treino. mas isto pode variar imenso de acordo com o seu programa de treino, capacidade de recuperação e do estilo de vida de cada indivíduo.
Resumo: Introduza alguma variedade nos seus treinos modificando a velocidade com que realiza as suas repetições (tempo sob tensão), o número de repetições e peso usado nos treinos, bem como o tempo de descanso entre séries. Não se esqueça também de agendar períodos de descanso ao longo do ano.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Disciplina



Para ser bem-sucedido em qualquer coisa na vida você precisa ser disciplinado. Durante muito tempo adquirimos o mau hábito de sempre deixar tudo para depois, postergamos tudo quanto podemos, deixando sempre as coisas importantes para a última hora. Este mau hábito se chama procrastinação.
Com o tempo nos tornamos cada vez mais e mais preguiçosos e acabamos perdendo a vontade de fazer as coisas.
Se você busca ter sucesso no fisiculturismo ou até mesmo só na musculação, você terá que desenvolver a sua autodisciplina.
Ficar pulando treinos aqui e ali certamente o levará a desistir completamente e você estará apenas desperdiçando seu tempo e dinheiro.
Chega de ficar enganando a si mesmo!
Eu já nasci disciplinado?
A maioria das pessoas acredita que ou você nasce disciplinado ou não. No entanto, este não é o caso da disciplina, pois ela é uma habilidade e não algo com o qual nascemos.
A disciplina pode ser aprendida e, se você entende isso, você pode trabalhar na construção desta habilidade. Resumindo, você será capaz de dominar a sua própria vida.
A disciplina é uma das competências-chave, se não o fator mais importante para conquistar o sucesso em sua vida e, no nosso caso, na musculação.
Como faço para me tornar disciplinado?
Uma das primeiras coisas a fazer é tomar consciência de que você não está disciplinado.
Você vai precisar parar e começar a ouvir a sua voz interior. O que você diz a si mesmo quando você está prestes a pular um dia de treino ou logo antes de comer um grande pedaço de bolo?
Você diz a si mesmo que será só uma fatia? Você diz a si mesmo que um dia só não fará diferença?
Neste momento crítico é o momento exato no qual você constrói a sua autodisciplina.
Aprenda a dizer NÃO a si mesmo.
Cada vez que obedece a sua voz interior e faz o que sabe que é melhor, você constrói a sua autodisciplina.
Contudo, a autodisciplina não é construída facilmente. É melhor começar devagar do que nunca começar.
A melhor maneira de quebrar um mau hábito é fazer um novo hábito para substituí-lo. Defina o desafio de treinar durante um mês, pulando somente os sábados e domingos quando se fizer realmente necessário.
Eu garanto que, se você seguir seus treinos à risca durante este mês, sem falhar, ao final você terá criado um novo hábito muito bom que ganhará força a cada dia. Quando você menos esperar, terá substituído por completo o mau hábito anterior.
Posso perder a disciplina?
Sim!
Como eu mencionei acima, quando você começar a adiar as pequenas coisas, isto irá se tornar um mau hábito até que, por fim, você voltará a adiar coisas maiores e mais importantes. Você, constantemente, precisa se empurrar para ganhar e manter a sua disciplina.
Lembre-se sempre que é muito fácil perder a sua disciplina, mas você pode reconstruí-la passo a passo e fazer coisas cada vez mais difíceis conforme o tempo avança.
Você vai se surpreender com o que você pode conseguir através da construção de uma forte autodisciplina.
Como eu mencionei antes, a disciplina é a chave para o seu sucesso. Como você a usa ou a perde é a melhor maneira de descrever a si mesmo.
Você pode decidir viver de acordo com a disciplina, embora doloroso a princípio, e ser feliz; ou viver de acordo com a dor da depressão e do fracasso.
Tudo só depende de você! Só depende do quanto está disposto(a) a alcançar os seus objetivos.

domingo, 15 de dezembro de 2013

A História de Arnold Schwarzenegger

Há alguns anos, o site suplementos Corpo Perfeito criou um vídeo contando a História de uma das maiores lendas do Fisiculturismo, o mestre Arnold Schwarzenegger.
Se por algum momento você se inspirou no Arnold, acredito que vai gostar do vídeo abaixo.


A Historio de Arnold Schwarzenegger -

 

A CARNE VERMELHA FAZ MAL?



carne vermelha faz malA carne vermelha é um dos alimentos mais controversos da história da nutrição.
Apesar do ser humano ter vindo a ingerir carne vermelha durante grande parte da sua evolução, muitas pessoas ainda acreditam que esta pode de alguma forma ser prejudicial para a saúde.
Neste artigo irei tentar deixar de lado polêmicas, crenças pessoas, os aspetos éticos e ambientais e concentrar-me apenas nas provas científicas existentes em relação à carne vermelha.

A CARNE NÃO É TODA IGUAL

Os seres humanos ingeriram carne de forma consistente ao longo da sua evolução e os nossos sistemas digestivos estão bem equipados para lidar com ela.
Populações tradicionais como os Inuit e os Masai têm por hábito ingerir grandes quantidades de carne; Quantidades muito maiores do que aquelas que os portugueses e brasileiros normalmente ingerem, e ainda assim mantiveram-se num estado de saúde perfeita (1,2).
No entanto, a maior parte da carne que as pessoas ingerem hoje em dia, é diferente da carne que os nossos ancestrais comiam. Nessa altura, os animais andavam à solta e comiam ervas e outras plantas comestíveis para eles.
A carne deste tipo de animais, criados ao ar livre, é diferente da carne dos animais criados numa fábrica, alimentados com rações à base de cereais e sujeitos à aplicação de antibióticos e hormonas para estimular um crescimento mais rápido.
Hoje em dia, alguns produtos derivados da carne são ainda sujeitos a outros tipos de processamento depois dos animais terem sido sacrificados… são fumados, curados, depois tratados com nitratos, preservativos e vários químicos.
Portanto, é muito importante distinguir entre os diferentes tipos de carne:
Carne processada: Esses produtos normalmente são derivados de vacas criadas por métodos convencionais, depois passam por vários métodos de processamento. Como exemplo temos as salsichas e o bacon.
Carne vermelha convencional: As carnes vermelhas convencionais são relativamente pouco processadas, mas as vacas geralmente são criadas em confinamento. As carnes que são vermelhas quando estão cruas são chamadas carnes “vermelhas” e incluem a ovelha, carne de vaca, de porco e várias outras.
Carne branca: As carnes que são brancas quando são cozinhadas são definidas como carnes brancas. Esta categoria inclui carnes de aves como o frango e o peru.
Carne orgânica, de animais alimentados a pastos: Esta carne é proveniente de animais que foram criados e alimentados de forma natural, e que não foram sujeitos à aplicação de drogas e hormonas. A estas carnes também não foram adicionados químicos artificiais.
Quando se examina os efeitos para a saúde da carne, é importante compreender que nem toda a carne é criada da mesma forma.
Os estudos que investigaram a carne, especialmente aqueles realizados nos EUA, analisaram principalmente a carne proveniente de animais criados em confinamento e que foram alimentados com cereais.
Resumo: É importante fazer a distinção entre os vários tipos de carne. Por exemplo, a carne orgânica, de animais alimentados a pastos, é diferente da carne processada de animais criados em confinamento.

A CARNE VERMELHA É MUITO NUTRITIVA

bife
A carne vermelha é um dos alimentos mais nutritivos que você pode ingerir. Está carregada de vitaminas, minerais e vários outros nutrientes que beneficiam a sua saúde.
Uma porção de 100 gramas de bife (10% de gordura) contém (3):
  • Vitamina B3 (Niacina): 25% da DDR (Dose Diária Recomendada).
  • Vitamina B12 (Cobalamina): 37% da DDR (Só é possível obter esta vitamina a partir de alimentos provenientes de animais).
  • Vitamia B6 (Piridoxina): 18% da DDR.
  • Ferro: 12% da RDA (A carne contêm ferro-hemo, que é muito melhor absorvido do que o ferro proveniente de plantas).
  • Zinco: 32% da DDR.
  • Selénio: 24% da DDR.
E ainda estão presentes uma variedade de outras vitaminas e minerais, mas em quantidades mais reduzidas.
Irá obter tudo isto ao ingerir apenas 176 calorias, que inclui 20 gramas de proteína de alta qualidade e 10 gramas de gordura.
A carne vermelha também é rica em outros nutrientes importantes como a Creatina e a Carnosina. Os indivíduos que se abstêm de ingerir carne, sofrem muitas vezes de efeitos negativos em vários aspetos da saúde, incluindo no funcionamento muscular e cerebral (4,5,6).
A carne de animais alimentados a pastos é ainda mais nutritiva do que a dos animais alimentados a cereais, contendo quantidades mais elevadas de ácidos graxos ômega e, de CLA, juntamente com uma maior quantidade de vitamina A e E (7,8,9).
Resumo: A carne vermelha é muito nutritiva, especialmente se for proveniente de animais que foram alimentados e criados de forma natural. É uma excelente fonte de proteína, ferro, Zinco, Creatina e de vários outros nutrientes.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES, DIABETES E MORTE

Os efeitos da carne vermelha na saúde já foram estudados de forma intensiva. No entanto, a maior parte desses estudos são os chamados estudos observacionais, que não provam a causa, apenas que determinadas coisas estão correlacionadas.
Existem alguns estudos observacionais que indicam que a carne vermelha está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes e morte (10).
No entanto, se analisar os estudos maiores, que são de melhor qualidade, irá verificar que o efeito da carne vermelha diminui.
Numa revisão massiva de 20 estudos que incluíram um total de 1,218,380 indivíduos, a carne processada foi associada a um maior risco de doenças cardiovasculares e diabetes. No entanto, não foi encontrada nenhuma associação com a carne vermelha não processada (11).
No estudo EPIC, um estudo observacional de grandes dimensões que incluiu 448,568 indivíduos, a carne processada aumentou o risco de morte, ao mesmo tempo que não foi observado nenhum efeito em relação à carne vermelha não processada (12).
Quando se trata de um aumento do risco de doença cardiovascular, diabetes e morte… é crucial distinguir entre a carne processada e não processada, porque essas duas têm efeitos muito diferentes.
Os estudos observacionais parecem indicar que a carne processada (mas não a carne não processada) está associada a um aumento do risco de várias doenças e de uma longevidade mais reduzida.
Mas mesmo assim, é importante manter em mente as limitações desses estudos. As conclusões retiradas a partir de estudos observacionais têm tendência a estar erradas. A única forma de estabelecer a causa e efeito é através da realização de estudos duplo cego controlados.
Resumo: Alguns estudos observacionais mostram uma ligação entre a carne, a diabetes, problemas cardiovasculares e aumento do risco de morte. No entanto, outros estudos revelam que a associação encontrada refere-se apenas à carne processada e não à carne não processada.

A CARNE VERMELHA AUMENTA O RISCO DE CANCRO?

carne provoca doenças
Já foram realizados muitos estudos observacionais que mostram que o consumo de carne vermelha está associado a um aumento do risco de cancro (13,14,15).
O cancro colo-rectal é o principal tipo de cancro que se acredita que a carne vermelha causa. Este é terceiro tipo de cancro mais diagnosticado em todo o mundo.
Um problema recorrente nesses estudos é que não parecem distinguir entre carne processada e a não processada. O que é inaceitável.
As meta-análises em que os investigadores analisaram dados provenientes de muitos estudos, mostram que o aumento do risco de cancro colo-rectal é muito baixo. Uma meta-análise encontrou um efeito fraco para os homens, mas nenhum efeito para as mulheres (16,17).
Outros estudos mostram que pode não ser a carne em si que contribui para o aumento do risco, mas sim compostos prejudiciais que se formam quando a carne é cozinhada (18).
Portanto, o método de cozinhar a carne pode ser o principal determinante dos efeitos definitivos da carne na saúde.
Resumo: Muitos estudos observacionais mostram que as pessoas que comem carne vermelha têm um maior risco de vir a sofrer de cancro colo-rectal, mas as meta-análises que analisaram as provas mostram que esse efeito é fraco e inconsistente.

CORRELAÇÃO NÃO SIGNIFICA CAUSALIDADE

carne vermelha
Quando analisados mais de perto, praticamente todos os estudos que aparentemente “provam” que a carne vermelha faz mal à saúde, são os chamados estudos observacionais.
Esse tipo de estudos só podem demonstrar correlação, ou seja, que duas variáveis estão associadas.
Eles podem dizer-nos que os indivíduos que consomem mais carne vermelha têm mais probabilidades de adoecer, mas não podem provar que a carne vermelha causa seja o que for.
Um dos principais problemas com esse tipo de estudos é que são afetados por vários fatores de confusão.
Por exemplo, as pessoas que consomem carne vermelha (e toda a gente sabe que a carne vermelha faz mal, certo?) são pessoas que se preocupam menos com a saúde e têm maiores de probabilidades de fumar, beber em demasia, ingerir açúcar em excesso, seguir um estilo de vida sedentário, etc.
As pessoas que se preocupam com a sua saúde comportam-se de forma muito diferente das pessoas que não o fazem e é impossível corrigir todos esses fatores.
Outro problema com esses estudos é que normalmente estão baseados em questionários de frequência alimentar, em que se espera que as pessoas se lembrem do que comeram no passado.
É sempre má ideia tomar decisões de saúde baseadas apenas em estudos observacionais. Existem muitos casos na história em que estudos controlados duplo cego acabaram por demonstrar o efeito exatamente oposto.
Por exemplo, o estudo Nurses’ Health mostrou que a terapia de substituição de estrogênio ajudava a reduzir as doenças cardíacas nas mulheres. Mais tarde, um ensaio randomizado controlado verificou que na verdade aumenta as doenças cardíacas (19).
Resumo: Os estudos observacionais não podem ser usados para determinar a causa e efeito. Existem muitos fatores de confusão nesse tipo de estudos e os estudos de melhor qualidade acabam muitas vezes por demonstrar exatamente o oposto.

COMO TORNAR A SUA INGESTÃO DE CARNE VERMELHA MAIS SEGURA

Carne vermelha
Quando a carne é sujeita a altas temperaturas, podem ser formados compostos prejudiciais para a saúde. Alguns desses compostos incluem Aminas Heterocíclicas, Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos e Produtos Finais da Glicação Avançada.
Essas substâncias podem provocar cancro em animais, e se a carne realmente aumenta o seu risco de cancro (o que ainda está por provar) então pode ser por este motivo (20,21,22).
Mas isto não se aplica só á carne, os outros alimentos também podem formar compostos prejudiciais quando expostos a temperaturas muito elevadas.
Aqui tem algumas dicas para assegurar-se de que a sua carne não forma esses compostos prejudiciais:
  • Use métodos de cozinhar menos agressivos tais como estufas e cozer em vez de fritar e grelhar.
  • Não ingira comida queimada ou fumada. Se a sua carne está queimada, então retire as partes que estão queimadas.
  • Poderá reduzir os níveis de HCAs de forma significativa se marinar a sua carne em alho, vinho tinto, sumo de limão ou azeite.
  • Se tiver que cozinhar carne a temperaturas elevadas, vire a carne com frequência de forma a impedir que esta se queime.
Resumo: A maioria das pessoas preferem carne grelhada e frita, mas se quer apreciar a carne e obter todos os seus benefícios sem sofrer nenhuma das consequências negativas, então use métodos de cozinhar menos agressivos e evite queimar a carne.

CONCLUSÃO

Quando se olha para além das táticas de terror e dos títulos sensacionalistas dos média, as pessoas podem eventualmente dar-se conta de que não existem estudos controlados que associem a carne vermelha a doenças nos seres humanos.
Só existem estudos observacionais, que muitas vezes não separam de forma adequada a carne vermelha da carne processada.
Esses estudos também estão baseados em questionários alimentares, e eles pura e simplesmente não conseguem lidar com fatores de confusão complicados como a perceção da saúde.
Os estudos observacionais são criados para gerar hipóteses e não para as testarem. Ou seja, eles não podem provar que a carne vermelha provoca seja o que for.
Desde que dê preferência a carnes vermelhas não processadas e desde que se assegure de que está a usar métodos de cozinhar pouco agressivos e evite queimar peças de carne, então provavelmente não tem nada com que se preocupar.